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1a magem Eu aos 15 anos 1977/2a imagem eu aos 52 anos 2014/ 3a imagem Eu aos 54 quase 55 anos 2017 |
Mudança não é uma palavra bonita
Muito menos palavra feia
É
Apenas
PALAVRA
Que muita gente não quer
Pois mudar de um lugar pro outro
Desarruma a vida da gente
Todavia mudar de atitude
Nos faz ver e viver a vida como ela
É
Eu gostava de mudar
De um lugar para o outro
Meus pais viviam assim
Vinte cinco anos de casados
Mais de trinta mudanças
Conheci
Casas
Lugares
Gentes
Escolas
Muitas Bibliotecas
Assim seguia Eu
De criança a Menina
Até que um dia deitada em minha cama
Percebi em meu corpo curvas
Descobri então que a Mudança em mim se deu
Agora já não mais apenas Menina
A transformação me fizera Menina Mulher
Hoje aqui estou Eu
Mulher Poeta contente
Que todos dias me percebo
Mudando e seguindo em frente
Na certeza da verdade
Da placa que um dia li
Para não mais esquecer
" Nada Muda se a Gente não Mudar"
Pois a verdadeira Mudança
Acontece na Gente
Vindo de dentro para fora
Expulsando mandando embora
A tristeza sem nenhum pesar ou sem
Qualquer demora
Catiaho Alc/Reflexo d'Alma/TI
2a feira, dia 28 de agosto de 2017
O Texto abaixo é parte da Mudança
sendo processada
Mudança...
Por um ciclo inteiro minha vida foi dedicada á família, ao trabalho e aos amigos mais chegados que irmãos.
Deus, a Arte e a Vida Literária me dão a graça de tê-los.
Nesse (ciclo/tempo) a morte rondou meus dias, como ronda o tempo todo a vida de toda gente, não sou exceção; levou dois irmãos meus e de quebra levou a única pessoa nessa terra a beijar minhas duas mãos por duas vezes em dois encontros e com respeito mesmo sem conhecer-me de conviver, abençoou-me com seu sorriso único.
Entretanto se a Morte fez seu papel; a Vida não passou em branco e duas novas criaturinhas fazem a alegria dessa Mulher Poeta que Sou.
Contudo de dois mil e quinze a dois mil e dezessete o tempo de transição de ciclo deu lugar a Transformação e ao tempo de Mudanças. Foram tempos sem viajar para ver com frequência os amigos mais chegados que irmãos e a família que mora distante. Foram tempos de muitos silêncios, muito trabalho, de boa compensação e de muita reflexão introspectiva.
Em fim o novo Ciclo começou e trouxe consigo o retorno do tempo de liberdade, de viagens, de risos, sorrisos, gargalhadas e de reencontros inesquecíveis.
Estive em um lugar fantástico em São João da Barra/ Campos dos Goytacazes/RJ. Especificamente a localidade de Atafona, lugar conhecido por um fenômeno da natureza. Estar lá me faz ASSIMILAR A QUESTÃO MUDANÇA como confronto, como se diante de um espelho eu visse o hoje todo cheio de recortes de um passado recente. Essa é a segunda vez que tenho a oportunidade de visitar esse lugar e o impacto causado é o mesmo: Espanto, Confronto e Profunda Reflexão. A estadia no SESC Grussai foi ótima, a companhia perfeita e a hora de voltar para minha Pasargada chegou rápido. Contentes, satisfeitos Eu e o Al (meu par) nos despedimos dos amigosafilhados já com saudades, porém com o coração cheio de contentamento pelos momentos maravilhosos compartilhados. A viagem de volta foi muito boa. Era um domingo de Sol, céu azul, a Orla do ES cheia de pessoas alegres, pois viver aqui nesse lugar é um presente para quem escolhe viver aqui e para quem sabe dar valor ao bem viver. Carro no estacionamento, bagagem em mãos nos dirigimos para nosso prédio, eu queria muito ver minhas orquídeas que estão generosa-mente floridas. Ao abrir a porta o Al percebeu um barulho, deixei a bagagem na poltrona e fui conferir os quartos e os banheiros: tudo em ordem. Na volta o Al estava estático na porta da cozinha (que era de onde vinha o som) e pensem naquele sistema de irrigação dos jardins? Aquele que gira espalhando água em forma de chafariz... Pensaram? Pois é, assim estava minha cozinha fartamente irrigada. Um cano trincou e fazia esse efeito de chafariz. Pela quantidade de água isso deve ter acontecido no dia em que saímos em viagem, ainda bem que na cozinha o escoamento é bom para água através dos ralos.
Antes de sairmos em viagem eu voltei em casa três vezes: uma para conferir se as plantas estavam bem molhadas. a segunda para rever a janela do meu quarto e a terceira exatamente para desligar todos os eletrodomésticos das tomadas, especialmente na cozinha, ainda bem que esqueci de fechar os ralos, procedimento obrigatório de fazer ao viajarmos.
Mudança é o tema desse texto, lembram?
Pois bem, não esbocei uma lastima.
Não derramei uma lágrima, não movi uma palha que não fosse fechar o registro de água geral da casa.
O que eu deixei em casa antes de viajar?
Uma casa limpa, arrumada, uma cozinha montada com moveis adquiridos ao longo desse 2017. Tudo muito bem arrumadinho para na chegada no domingo Eu descansar e na segunda feira pegar firme no trabalho.
Pois a cada encontro com os amigos mais chegados que irmãos uma nova fase tem início em nossa vida.
O que eu vi na chegada?
Todos os meus armários encharcados de água, toda minha louça dentro e fora dos armários molhada.
Pela graça de Deus uma geladeira antiga e desligada que aguardava a quem doamos vir buscar, ela fez parede para que a água em jatos não fosse projetada no motor da nova geladeira que foi o único aparelho que ficou ligada na tomada.
Eu e o Al nos abraçamos, nos beijamos, demos as mãos e nos prometemos remontar toda nossa cozinha sem pressa, e sem a ajuda de ninguém. Ligamos pedimos uma gostosa comida, brindamos com o presente do nosso amigoafilhado e fomos dormir em paz.
Somente no dia seguinte, uma segunda feira, cinza e chu-vosa Eu e somente Eu comecei a limpeza e por dias seguidos processei esse episódio desejando muito escrever sobre o mesmo, porém aguardando o momento de sentir essa Mudança acontecendo e promovendo resultados, fossem eles quais fossem ou sejam.
Quando contei a alguém especial pra mim o acontecido, eu disse "Graças à Deus" e fui repreendida por esse meu sentimento de gratidão.
Porém aqui nesse texto eu reafirmo e expresso a minha gratidão a Deus por morarmos em um primeiro andar, por Ele não permitir que a água em jatos afetasse outros cômodos da casa, ou ainda que fosse para fora do nosso apartamento oportunizando os vizinhos a chamarem a manutenção que certamente chamaria a companhia de água e um ou outro arrombaria o apartamento para solucionar o possível alagamento.
Eu sempre pensava em como as pessoas se sentiam depois de terem seus moveis, roupas, documentos e etc. levados por uma enchente. Hoje eu sei. E sei não ser preciso perder tudo por uma chuva ou algum outro motivo, basta pensar ter a vida estabilizada, pensar estar tudo no lugar e no tempo mínimo ao invés de ter um espaço equipado e ocupado ter um espaço vazio e uma porção de pedaços totalmente impossibilitados de serem recuperados. Já passei pela perda de quem amo por morte e sei como é tentar seguir adiante.
Já passei por assalto com tentativa de sequestro e sei como é mudar de Estado e refazer total-mente a vida em um lugar estranho.
Já passei por uma cirurgia e apos a mesma já em casa de alta perdi minha mente por 10 dias e sei como é só ter voltado a realidade por ter alguém que me ama como o Al me ama e Ele e só Ele conseguir me trazer de volta.
Porém Eu não sabia como era estar feliz e de uma pancada viver essa sensação de vazio.
Agora Eu sei e não é nada bom.
Sexta feira tudo estava quase arrumado e brindamos com a maravilhosa caipirinha do Al, feita com a *Jararaca* presente do amigoafilhado.
Sábado quando a cozinha já estava devidamente em ordem pude preparar em casa a nossa refeição e tomei a liberdade levar ao quarto (onde almoçaríamos), para o Al abrir um maravilhoso vinho muito especial *presente* e brindarmos:
*a Dádiva de crer em Deus.
*a Vida que temos.
*a Família&aosAmigosmaischegadosqueirmãos
Esse conjunto nos faz sermos quem somos e nos possibilita receber bem e confiantes a MUDANÇA; seja ela
MUDANÇA DE VIDA OU MUDANÇA apenas.
CatiahoAlc/ReflexodAlma
segunda feira 28 de agosto de 2017 12:00h
Maravilhosa partilha querida amiga ,desejo-lhe uma semana muito feliz ,beijinhos no coração
ResponderExcluirPostagem maravilhosa, como sempre.
ResponderExcluirBeijinhos
Através das mudanças aprendemos e enriquecemos interiormente.
ResponderExcluirBela e sentida partilha, obrigado.
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco