De um momento para o outro o pensamento se desconectou da realidade e voou para um tempo e um momento quase guardado de vez no fundo da memória. A Moça entrou em um tipo de transe.
Estava em uma sala de espera e deveriam demorar a chamar seu nome, para então dar forma ao sonho antigo, sonho este que nem vem ao caso.
Na verdade o devaneio sim, esse tomou conta do semblante de Emiliana, -lembro do nome por ter ouvido alguém confirmar com ela em alta voz: Sra Emiliana Sam de Almeida? -ela levou o braço e nem mesmo falou, o elevar de mão já foi suficiente para a tal confirmação. A Moça nem era jovem demais e muito menos com idade a mais, era na verdade somente uma mulher com um brilho no olhar, em verdadeira catarse.
Eu, ali sentada bem a sua frente observava sem me deixar notar. As vezes ela piscava várias vezes e secava os olhos com um lencinho tão mimoso e bonitinho a ponto de chamar atenção. Outras vezes a Moça balbuciava palavras misturadas, talvez eu até entendesse se ela o fizesse um pouquinho mais alto. Entretanto lembro bem de ouvir: 'aquele danado' outra vez consegui ler em seus lábios: 'esse gosto bom voltando' e a ultima coisa que pesquei foi 'eu quero novamente sim'. Seus seios estavam sinalizando marcando a blusa fininha; uma vez ela torceu os lábios e apertou bem as pernas.
-a gente mulher sabe bem o significado desse pequeno gesto.
Não pensem ter ela algum aparelho eletrônico em mãos ou um desses fones que deixa as pessoas parecendo desvairadas falando sozinha rua a fora. Eu absolutamente creio ser realmente um daqueles raros momentos de pleno frenesi em total epifania.
Era ela e seus delírios.
Eu ali em sua frente sendo quem sou entendia claramente o quanto era epifania, pois é algo muito comum nessa minha mente poeta. Gostei de observar e de sentir o quanto o universo de cada Ser é Único, Independente e Completamente livre.
Seja lá o que levou a Moça até aquele lugar onde os profissionais são especializados em ouvir e ouvir seja lá o que lhes for dito. A verdade é que chamaram a Moça: -Sra Emiliana Sam de Almeida!
-ela sem perder o brilho do olhar e o rubor face, levantou, suspirou e deliciosamente passou a lingua nos lábios (como se tivesse sede) disse: - Muito obrigada. Para o espanto de todos ali, girou os calcanhares e foi EMBORA, feliz feliz com seja lá o que a deixou assim naquele delicioso estado delirante de Epifania.
CatiahoAlc./ReflexodAlma/TI
vivendo meu momento de Epifania ao escrever esse texto
18:13h de segundafeira, 18 de setembro de 2017/TI
Riquíssima partilha querida amiga ,maravilhosa semana ,beijinhos no coração felicidades
ResponderExcluirMaravilhoso texto!
ResponderExcluirBeijos e uma semana abençoada!
Fantástico, maravilhoso!!
ResponderExcluirBeijo
Olá Silvio, que beleza de texto, que capacidade de percepção da autora! Gostei deveras;Gostei também da nova roupagem do blog, ficou trilegal, bem como o lançamento das belas obras.
ResponderExcluirParabéns a ambos .
Desejo bom dia!
Abração!